
Warner Bros. e New Line Cinema oficialmente anunciaram que The Lord of the Rings: The Hunt for Gollum chegará aos cinemas em dezembro de 2027. O título é provisório de trabalho, mas tudo indica que “The Hunt for Gollum” é definitivo, e está em pré-produção.
Equipe criativa: retornos e expectativas
- O filme será dirigido por Andy Serkis, que também voltará a interpretar Gollum/Sméagol.
- Produção estará sob responsabilidade de Peter Jackson, Fran Walsh e Philippa Boyens - os criadores centrais das trilogias originais de O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
- O roteiro será escrito por Fran Walsh, Philippa Boyens, Phoebe Gittins e Arty Papageorgiou.

Onde esse filme se encaixa na cronologia de Tolkien
Pelos anúncios e indícios:
- A história se passa entre a festa de aniversário de Bilbo (seu 111º ano), quando ele entrega o Um Anel a Frodo, e os eventos que antecedem A Sociedade do Anel. Ou seja, é um pedaço da narrativa previamente esboçada, presente nas apêndices dos livros de Tolkien.
- É esperado que Gandalf esteja envolvido, uma vez que ele é quem suspeita dos perigos que Gollum pode representar.
- Também foi divulgado que personagens como Gandalf e Frodo aparecerão no filme, embora ainda não se saiba se os atores originais (Ian McKellen, Elijah Wood) confirmarão seus papéis.
O que isso significa para fãs de Tolkien
Esse tipo de obra permite explorar espaços narrativos deixados em aberto no legendarium de Tolkien. Os livros de O Senhor dos Anéis contêm pistas sobre o paradeiro de Gollum, suas viagens entre a captura inicial do Anel e os eventos imediatamente anteriores à Sociedade do Anel. Há possibilidade de vermos:
- As motivações mais profundas de Sméagol, sua luta interna entre “Sméagol” e “Gollum”, talvez em maior detalhe do que foi possível nos filmes anteriores.
- O papel de Aragorn como guardião, já que Gollum foge, se esconde, e Gandalf precisa entender o que ele sabe.
- Exploração de locais menos mostrados: vilarejos, trilhas, encontros de viajantes ou de autoridades em Terra Média, que antes só eram mencionados.
- Construção de atmosfera: uma narrativa mais sombria, reflexiva, onde a obsessão, o medo e a traição se manifestam não apenas em batalhas, mas nos silêncios, no caminho solitário e nos dilemas morais.

Curiosidades já conhecidas
- Andy Serkis é uma figura que viveu intensamente Gollum: ele já trabalhou com captura de movimento desde As Duas Torres, e também dirigiu anteriormente. Isso pode trazer uma visão muito íntima do personagem.
- A produção contará de novo com companhias neozelandesas de efeitos visuais, especialmente Wētā FX, que ajudou a construir tanto as versões cinematográficas anteriores como outras obras ambientadas em Terra Média. Isso traz esperança de coerência estética e respeito pelas paisagens e detalhes que marcaram os filmes originais.
- O adiamento do lançamento: originalmente esperava-se para dezembro de 2026, mas foi transferido para dezembro de 2027. Este “ano extra” pode indicar um tempo maior para caprichar em roteiro, efeitos e cenografia.
Minha opinião
Com base nisto tudo, algumas hipóteses que me parecem prováveis:
- Narrativa centrada no Gollum interno: o filme poderá usar flashbacks, sonhos ou visões para mostrar a relação de Sméagol com o Anel antes de Bilbo tê-lo, bem como os efeitos da corrupção moral e espiritual que o Um Anel exerce. Talvez vejamos mais claramente eventos pouco enfatizados nos livros, como seus deslocamentos, encontros com personagens “menores” que Tolkien apenas citou de passagem.
- Aragorn mais presente: como guardião, para mostrar sua habilidade, conhecimento , honra e compromisso com os povos livres da Terra Média antes de se tornar rei. Poderia haver uma jornada de Aragorn à procura de pistas, talvez se aliando ou encontrando personagens que depois aparecerão em outras partes da história de Tolkien.
- Integração com elementos visuais e sonoros clássicos: se mantiverem trilha ou temas musicais ou ambientação parecida com as de Howard Shore e as artes de produção de Jackson, espera-se uma continuidade estética para satisfazer fãs mais puristas - cenário, figurino, línguas élficas ou guardiões do norte, a arquitetura de Bree e Eriador.
The Hunt for Gollum surge como uma promessa para preencher lacunas cinematográficas na mitologia de Tolkien com cuidado, envolvimento dos criadores originais e respeito pela fonte literária. Ao trazer Gollum ao centro, temos a chance de revisitar a Terra Média de uma forma menos épica, mais psicológica, mais sombria, mais humana no seu horror interno.
Se você é fã de Tolkien, Gollum, ou simplesmente ama narrativas de ambiguidade moral e fantasia épica, marque na sua agenda: Dezembro de 2027.
E não deixe de comentar: o que você espera ver The Hunt for Gollum mostrar? Que parte das histórias do Anel ou das viagens de Sméagol mais te intriga?
