0
(0)

Hoje vou falar um pouco sobre a versão preliminar do RPG de mesa The Witcher, lançado em PDF este ano, porém ainda sem previsão de lançamento da versão definitiva que trará também as vendas na versão física do livro. O jogo desenvolvido foi escrito por Cody Pondsmith e Lisa Pondsmith e sua publicação é feita pela Talsorian Games.

O jogo se passa no mundo da série de livros do mesmo nome e narra as aventuras (e desventuras) de Geralt de Rivia. Os jogadores que forem presenciar o sistema e só conhecem as histórias do Carniceiro de Blaviken, dos videogames, podem sentir certa discrepância de informações uma vez que os games tem um enredo diferente dos livros em muitos aspectos. Tal qual a muitos jogos de fantasia medieval, o mundo de The Witcher é povoado por criaturas e raças fantásticas como anões, elfos, dragões, grifos e magia – bastante magia para todos os gostos -, permitindo assim aos jogadores entrarem de cabeça no universo dos livros e se divertirem muito com seus próprios personagens e histórias fantásticas.

Para que isso acontecesse os autores escolheram o sistema Fusion, o mesmo utilizado para o RPG baseado no anime “Bubblegun Crisis”, que utiliza uma mecânica que considero simples e de pouca complexidade para jogadores mais experientes, mas que pode confundir um pouco quem está iniciando no hobby.

Esse sistema utiliza dados de 10 faces (d10) para a resolução de conflitos, somando-se o resultado do dado a um valor predeterminado de seu atributo correspondente mais a habilidade necessária para desempenhar a tarefa em questão e, caso esse resultado seja igual ou superior à dificuldade estimada, a ação tem sucesso, caso contrário o jogador (ou personagem do mestre) falha em realizar o feito; no caso de combate, que convenhamos existe em quase todos os sistemas de RPG, as ações seguem o mesmo padrão, mas a resolução de dano é efetuada a partir do valor da arma ou magia, utilizando-se neste caso dados de 6 faces (d6) que são rolados e somados para se obter o valor final dos pontos de vida retirados do alvo. É um conceito bem simples e bem trabalhado, permitindo boa desenvoltura e exigindo certa criatividade dos personagens.


Pagina do RPG inspirado em The Witcher.

Falando nos personagens, esse é um ponto importante: o sistema de criação deles para os jogadores tem um nível de complexidade bastante elevado que pode consumir algum tempo de processo e ser até um pouco frustrante por, de acordo com o sistema, envolver certa aleatoriedade na escolha do “lifepaths”. Mas essa regra, apesar de complementar a criação de personagens dando certa forma mecânica a elementos de antecedentes, é opcional. Alguns poderes e habilidades de personagens também estão um pouco desbalanceados, podendo desequilibrar algumas ações dos players, e tendendo para que algumas classes sejam utilizadas em mesa e outras deixadas de lado.

Levando em conta todos esses aspectos, o RPG de mesa The Witcher é uma boa pedida para jogadores um pouco mais experientes que desejam se aventurar no mesmo mundo que o Lobo Branco. Apesar de ser um pouco complexo e ter lá os seus problemas, garante diversão para os jogadores e o narrador; leva uma nota 3,0/5,0, mas podendo melhorar caso a Talsorian Games  solucione os pequenos contratempos encontrados nessa primeira versão.

Nota:

Curta a página do Papo Aleatório para mais novidades.

Curta também a nossa página do NERDCard no Facebook.

Não deixe de se inscrever em nosso canal do Youtubeyoutube.com/c/papoaleatorio e de fazer seu comentário aqui no site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *