Documentário "Leaving Neverland" incita boicotes em emissoras de rádio e TV!
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O documentário da HBO de quatro horas chamado “Leaving Neverland” apresenta sérias acusações contra o falecido rei do pop, Michael Jackson, alegando dele ser um pedófilo convicto. Durante a apresentação das entrevistas no documentário, dois homens que se dizem vitimas do popstar quando crianças apresentam sua versão dos fatos e as consequências que isso causou em suas vidas e família. O impacto dessas alegações tiveram repercussões sérias em diversos lugares do mundo.

A mídia especializada ficou dividida sobre o assunto e gerou debates nas redes sociais. Há quem afirme de que o documentário apenas deseja causar um mal estar social sobre uma das facetas de Michael Jackson, outros apoiam que as afirmações são “verdadeiras e convincentes”.

No Canadá e ao norte dos Estados Unidos, emissoras de rádio em protesto se recusaram a colocar em suas programações qualquer música de Michael Jackson um dia após o documentário ser exibido. Matt Groening, criador dos Simpsons, removeu o episódio onde Michael Jackson aparece como convidado especial de todas as plataformas de streaming, programação de reprises, e das cópias físicas dos futuros box sets.

“Parece claramente a única escolha a fazer”, disse o produtor Jim Brooks em entrevista ao Wall Street Journal, “os caras com quem trabalho – onde passamos nossas vidas brigando por piadas – pensamos muito sobre a situação antes de nos pronunciarmos”. Brooks, o criador da série Matt Groening, e Al Jean, ex-showrunner da franquia chegaram à decisão de remover o episodio “Stark Raving Dad” depois que os três homens assistiram o documentário “Leaving Neverland”. Esta decisão não foi bem aceita pelos fãs do seriado que twitaram em fúria sobre o caso, afirmando que começarão a boicotar o longevo seriado animado se os produtores não voltarem atrás e colocarem de volta o episodio de Michael Jackson na coleção de “Os Simpsons”.

A MediaWorks, na Nova Zelândia, que possui 9 estações de rádio online, divulgou um comunicado anunciando sua decisão de remover a música de Jackson toda as programações presentes e futuras. “Michael Jackson não está atualmente em nenhuma lista de reprodução das estações de rádio da MediaWorks”, disse Leon Wratt, diretor de rádio da empresa à CNN na quarta-feira, “isso é um reflexo de nosso público e de suas preferências – é nosso trabalho garantir que nossas estações de rádio estejam tocando a música que as pessoas querem realmente ouvir”.

A BBC Radio 2 esclareceu que não retirou as músicas de Jackson das listas de reprodução da emissora, apesar dos relatórios anteriores, afirmando que a BBC não tinha em sua playlist músicas do rei do pop porque estava reservada para novos lançamentos. “Consideramos cada música de acordo com seus méritos e as decisões sobre o que tocamos em redes diferentes são sempre feitas com públicos e contexto relevantes em mente”, disse a BBC em pronunciamento oficial.

Na Holanda, a NH Radio foi a primeira a boicotar as músicas de Michael Jackson que durará pelo menos algumas semanas. A NH Radio irá avaliar se “irão voltar a sua programação normal”.

Patrick Tieleman, um fã holandes de Michael Jackson, está organizando uma marcha de protesto no prédio da NPO em Hilversum nesta sexta-feira. “Michael não pode mais se defender, é por isso que temos que fazer isso”, disse Tieleman ao NH Nieuws. Ele espera impedir que o documentário seja transmitido e está ciente que a chance é muito pequena, porém tentarão deixar uma declaração em defesa ao idolo falecido e acredita que as alegações do documentário são “oportunistas e maldosas”.

A família Jackson negou todas as alegações feitas no documentário, e representantes de seu espólio emitiram uma declaração à Variety condenando o documentário de quatro horas, dizendo: “Leaving Neverland não é um documentário, mas um tipo de assassinato de personalidades que tabloides usaram contra Michael Jackson em sua vida, e agora na sua morte. O filme faz alegações sem fundamentos que supostamente aconteceram há 20 anos atrás e as toma como fatos verdadeiros ”. O sobrinho de Michael, Taj, afirmou que seu tio era “uma criança de coração” e acusou o documentário de fraudulento e calunioso. Eles também estão planejando processar a HBO em US$ 100 milhões!

MICHAEL JACKSON E AS ACUSAÇÕES FALSAS DE 1993

Na década de noventa, o Rei do Pop foi acusado de abusar sexualmente de uma criança (Jordan Chandler), porém após o processo seguir para julgamento, um acordo de 15 milhões de dólares foi feito Evan Chandler, pai da suposta vitima. Por meses, a criança disse que Michael nunca lhe tocou com conotações sexuais e sempre disse que o admirava, porém o pai dele tinha uma opinião diferente.

Sabe-se que a relação de amizade entre Evan e Michael não estava muito bem, principalmente após ele pedir ao cantor que construísse uma casa para sua familia. Jackson se recusou a cumprir o pedido de maneira educada e isso causou um certo desapontamento em Chandler. Nesse periodo, frustrado com a situação, ameaçou Jackson de processá-lo por abuso sexual de seu filho caso não aceita-se negociar três de seus roteiros com pessoas influentes dos estúdios na época. Irritado com a situação, Michael negou-se mais uma vez a ceder a pressão de Chandler. Semanas depois, um processo milionário estava sendo movido contra o Rei do Pop e isso causou uma grande onda de rumores sobre a indole de MJ e o que ele estaria fazendo dentro dos muros de sua propriedade, a mansão Neverland.

Após uma longa e complicada sequencia de eventos juridicos e midiáticos, a seguradora de Michael Jackson, sob protesto registrado do próprio cantor e seus associados, pagou o valor de 15 milhões de dólares para dar fim ao processo legal no inicio de 1994. Dois anos depois, Evan Chandler moveu outro processo contra MJ pedindo 60 milhões de dólares e alegando que o astro teria quebrado acordos pregressos que nao haviam sido colocados em pauta no primeiro julgamento. Em 1999, a corte americana inocentou Michael destas acusações.

Jordan Chandler, ao conseguir emancipação legal de seu pai em 2006, trouxe a verdade para a mídia e revelou como Evan Chandler o usou para conseguir dinheiro dos Jacksons. Junto com essa revelação, Jordan levou o pai ao tribunal sob a acusação de ataca-lo fisicamente com um halteres e quase o matou asfixiado com um spray de pimenta. Em 5 de novembro de 2009, semanas após a morte de Michael Jackson, Evan Chandler cometeu suicidio.

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