Crítica: Creed II
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O filme Creed II vem com o objetivo de dar um final para algumas situações e tramas que Stallone havia deixado soltas na franquia Rocky Balboa. Infelizmente, o roteiro cria o reencontro de Rocky e Ivan Drago para servir de pano de fundo do drama pessoal do protagonista, mas consegue ficar longe deste objetivo…

Crítica: Creed II

Em Creed II, muitas cenas se tornam familiares com as referências diretas a Rocky IV, trazendo detalhes em recortes de jornal, sequências do filme original na TV como sendo documentario e outros easter eggs que os fãs de Rocky Balboa irão reconhecer assim que virem. Apesar do filme anterior ter dado uma identidade própria ao protagonista e criando sua relação com o lendário boxeador que fora amigo de seu pai, faz esse novo drama pessoal de enfrentar o filho de Ivan Drago (o homem que matou Apolo em Rocky 4) perder parte de sua motivação original em troca de uma tentativa de amarrar algumas pontas soltas deixadas pelo quarto filme da franquia Rocky.

Crítica: Creed II

Ver Ivan Drago e Rocky Balboa conversando no restaurante, relembrando no dialogo a amarga rivalidade é até bacana, mas o personagem de stallone passa a ser um tipo de alívio cômico na trama após isso, o que desperdiça o potencial de uma revanche mais viceral destes antigos boxeadores nos raros momentos de interação entre os dois. É inegável que Stallone consegue arrancar ótimas risadas em momentos específicos, mas nota-se a necessidade de tirar Balboa de cena para que o drama de Creed II entre em foco.

Crítica: Creed II

Como falei, o filme lembra muito o Rocky IV em vários pontos e trás alguma nostalgia, mas isso também tira um parte da originalidade do roteiro que poderia ter explorado mais as motivações e angustias do boxeador título, o que deixando Creed II um filme menos impactante em algumas situações.

Crítica: Creed II

As lutas de boxe são muito brutais e convincentes, bem como Viktor Drago, filho de Ivan, se mostra um adversário bem preparado e forte, porém a familia Drago exibe a mesma profundidade de um pires vazio. Há momentos em que somos apresentados a alguns fatos o que aconteceu a Ivan, mas são tão secundários que somem em meio a necessidade do roteiro em colocar Viktor Drago contra Creed em um primeiro momento.

Crítica: Creed II

A maior verdade é que o filme é cheio de velhos clichês da franquia de Rocky Balboa que o torna previsível a ponto de você apenas desejar pular as partes românticas e de crescimento pessoal do protagonista ao lado da atriz Tessa Thompson para o treino com Balboa e o combate final com o “grande vilão”. Stallone poderia ter caprichado mais nessa continuação de Creed, dando mais profundidade e detalhes sobre a familia Drago e mostrar, talvez, um paralelo entre o relacionamento pai e filho dos Drago com a ligação existente entre Balboa e Creed… e claro, ter pelo menos uma rodada de pugilismo sem luvas entre Rocky e Ivan em nome dos velhos tempos como demonstração para Creed e Viktor. Infelizmente, nada disso ocorre, desperdiçando momentos que poderiam dar a essa pelicula mais peso dramático… O resultado é apenas um bom filme de boxe (sem novidades) com boas lutas e uma ótima trilha sonora que valem o ingresso e a pipoca…

Nota:

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