Review: Sekiro: Shadows die Twice
0 7 min 5 anos
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A review de jogo que trago hoje é polêmica, Sekiro.

Review: Sekiro: Shadows die Twice

Desde o seu lançamento, o novo trabalho da FromSoftware, que nos trouxe a aclamada série “Souls” e – o meu exclusivo favorito do PS4 – BloodBourne, tem dividido as opiniões de jogadores como um clássico caso de “ame ou odeie”, e hoje eu faço uma análise dele para que você saiba exatamente onde está pisando antes de jogar esse título tão aguardado.

O enredo do jogo acompanha Lobo, um shinobi (ninja) que serve um jovem senhor conhecido como “O Herdeiro divino”. Logo após uma esplêndida cena cinematográfica de abertura (sim a qualidade dessa primeira cena é fenomenal, um trabalho muito bem feito), vemos Lobo preso em uma cisterna, desarmado e já sem nenhuma vontade de viver, quando recebe uma carta dizendo que seu mestre ainda está vivo e aguardando o resgate em uma torre vigiada. Após resgatar o Herdeiro, Lobo e o mesmo fogem por uma passagem secreta, porém são surpreendidos pelo inimigo e o shinobi acaba derrotado e com seu braço esquerdo amputado.

Agora é Lobo quem é resgatado pelo misterioso “Escultor”, dando início a sua jornada para salvar seu mestre. Munido de sua catana, seu novo braço protético, com uma gama de armas que podem ser implantadas, e suas habilidades de shinobi, que lhe tornam um mestre nas artes da furtividade, do assassinato e do combate, a aventura começa…

Review: Sekiro: Shadows die Twice

Já o gameplay pode passar a impressão inicialmente de que o jogo é muito difícil, o que não é verdade, já que para ficar muito difícil o jogo precisaria suavizar bastante o que ele é: a dificuldade é, sem exageros, INSANA! Todos os seus movimentos no jogo precisam ser muito calculados, e os combates – sempre que possível – devem ser evitados, seja desviando dos inimigos ou assassinando-os de forma furtiva. Assassinar é um desafio a parte, por que ao contrário de certos inimigos de outros jogos, esses aqui não são bocós, eles percebem o que está ocorrendo e entram em alerta logo, muitas vezes detectando o Lobo e partindo para cima em grupos coordenados.

No combate a barra de life dos inimigos normalmente não é algo que importe muito, apesar de todos eles possuírem uma, a grande estratégia é causar stress na guarda. Uma vez que se cause stress o suficiente para quebrar a guarda dos inimigos, eles ficam suscetíveis a manobra conhecida como “golpe mortal”, que como o nome já diz, tende a matar os soldados, porém não todos: algumas unidades especiais precisam de mais de um desses “Golpes Mortais” para serem efetivamente abatidos, e o mesmo vale pra os chefões. Mas não se engane, não são apenas os inimigos que passam por isso, o seu personagem também pode receber stress na guarda e também pode sofrer “golpes mortais”, então cuidado ao ficar muito na defensiva pois pode acabar pagando com a vida por isso. Um recurso herdado dos trabalhos anteriores da FromSoftware que pode ajudar nisso é o “Parry”, bloquear no tempo certo um ataque de um oponente faz com que ele se desequilibre, causando uma quantidade significativa de stress na guarda e por muitas vezes abrindo um espaço, mesmo que pequeno, para contra-ataques.

A movimentação do Lobo é fluida e rápida, e conta com uma “inovação” com relação aos títulos anteriores da desenvolvedora: um pulo. Esse recurso realmente é funcional no jogo, permitindo escalar superfícies, o famoso “quicar” na parede e muito mais. O arpéu com gancho shinobi que vem na prótese, também permite uma variedade de movimentações e manobras em combate, que deixa tudo mais animado e adiciona recursos para combater os inimigos. Além disso, no âmbito da furtividade, Lobo ainda pode abaixar-se e encostar em paredes.

Review: Sekiro: Shadows die Twice

Outro ponto interessante é que em determinados locais do jogo, pode-se parar e “ouvir a conversa” dos soldados, que muitas vezes dão dicas sobre como passar por certos lugares ou sobre a fraqueza de inimigos e chefes, o que pode ajudar muito a derrotá-los, acredite.

O meu balanço final é: que o jogo merece créditos pelo que é; ele definitivamente não pode ser colocado na família “SoulsBourne”, por se tratar de um jogo muito diferente em seu conceito, mesmo que pegando um ou outro elemento emprestado; a minha sensação ao estar no comando do Lobo é que estou novamente jogando o clássico “Tenchu”, e acredite, eu amava “Tenchu”. Em minha avaliação, Sekiro é um bom jogo, mas definitivamente não é para qualquer um, já que o nível de dificuldade extremo fará com que jogadores mais impacientes se frustrem e abandonem o jogo provavelmente no tutorial (onde este que vos escreve morreu umas 10 vezes antes de pegar a manha da coisa), já que este e sua inteligência artificial não perdoam erros, e o combate é mortal e com um ritmo frenético, mas ao mesmo tempo te obriga a ter estratégia e não ficar só atacando como um desesperado. Enfim, se está procurando um jogo que desafia as suas habilidades como jogador, assim como eu, então caro leitor, achamos o título certo.

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