Mad Max: The Wasteland vira série na HBO Max.

Mad Max: The Wasteland pode virar série na HBO Max — o que sabemos, o que falta, e por que isso faz sentido
O motor voltou a roncar no deserto. Segundo apuração do Omelete, Mad Max: The Wasteland, projeto de longa gestação de George Miller, está sendo reformatado como série para a HBO Max, com roteiro de Shaun Grant. A informação teria surgido no podcast independente Mad Max Bible, que acompanha de perto a franquia. Aos 80 anos, Miller veria este como seu último trabalho ligado a Mad Max. Ainda não há data, elenco ou sinopse oficial.
Não é só o Omelete. Nas últimas 48 horas, várias publicações internacionais repercutiram a mudança de rota, descrevendo The Wasteland como uma minissérie em desenvolvimento em vez do filme planejado após Fury Road. Entre elas estão World of Reel, Dark Horizons, Gizmodo e Inverse. Todas citam o mesmo ponto de partida: o relato do Mad Max Bible de que Miller e a Warner estariam “recalibrando” o projeto para TV. Importante: por enquanto, a Warner Bros. Discovery não emitiu comunicado oficial nas salas de imprensa, então tratamos como “em desenvolvimento” e a confirmar.

Por que uma série agora?
Há contexto industrial. Furiosa: A Mad Max Saga foi elogiado pela crítica, mas rendeu pouco nas bilheterias e, segundo estimativas de mercado compiladas pela imprensa, não cobriu com folga o orçamento de produção, o que naturalmente pede modelos de risco diferentes para a continuidade do universo. Em números públicos, o filme somou cerca de US$ 174 milhões mundialmente, para um orçamento reportado de US$ 168 milhões. Na prática, a matemática da franquia empurra o próximo passo para um formato que dilui custo por episódio e aproveita a cauda longa do streaming.
Do ponto de vista de marca, faz sentido que o projeto esteja associado à HBO Max. A própria WBD anunciou em maio de 2025 que passaria a usar “HBO Max” em mercados selecionados como guarda-chuva para Max e HBO, um rearranjo de naming que a empresa vem navegando desde 2023. Em outras palavras: a vitrine da casa para conteúdos premium continua sendo o hub natural para uma minissérie de prestígio como The Wasteland.

O que é “The Wasteland”, afinal?
O título circula há anos entre fãs e jornalistas. Miller já comentou em entrevistas que tinha histórias prontas além de Fury Road, e “The Wasteland” seria um recorte temporal próximo aos eventos de 2015, explorando Max um ano antes de encontrar Furiosa. Como toda franquia de alto calibre, o avanço desse roteiro ficou travado por litígios contratuais entre o diretor e a Warner após Fury Road, o que empurrou o cronograma por anos.
Esses embates não são lenda urbana. Em 2017 e 2018, Kennedy Miller Mitchell, produtora de Miller, e a Warner Bros. travaram disputa judicial e arbitral a respeito de bônus e cálculo de custos de Fury Road. O caso foi parar na Corte de Apelação de Nova Gales do Sul, que concedeu a Warner o direito de arbitrar nos EUA. É um pano de fundo jurídico que ajuda a entender por que The Wasteland ficou tanto tempo no limbo.
Quem volta? E como fica Tom Hardy?

Aqui entram as incertezas. Em 2024, Tom Hardy chegou a desacreditar publicamente seu retorno ao que então se falava como filme “The Wasteland”. Se a história migrar para minissérie, o cenário muda, mas não há qualquer confirmação de elenco no momento. É prudente manter expectativas calibradas até anúncio oficial.
O que uma minissérie permitiria criativamente
A linguagem seriada pode mergulhar na iconografia que sempre fascinou Miller: design de produção intricado, rituais das facções, economia do deserto, mitologia do V8, tudo em capítulos de alto impacto. O risco de “esticar” um conceito cinematográfico existe, claro, mas a tradição da HBO Max/Max em minisséries premium dá lastro para imaginar um calibre de produção à altura, ainda que com escalonamento de set pieces. É, de certa forma, uma continuidade natural do vasto “bíblia de mundo” que Miller e Brendan McCarthy desenvolveram desde Fury Road.
O que falta para cravar
- Comunicado oficial da Warner Bros. Discovery com ordem de produção, showrunner e rotina de filmagem.
- Equipe criativa detalhada além de Shaun Grant, e direção de episódios.
- Elenco e janela de lançamento.
Enquanto isso, a melhor postura é tratar a novidade como forte movimento de bastidores, ventilado por fontes recorrentes, mas ainda sem selo oficial.
Fontes principais
Dark Horizons — EW.com — Deadline — TIME — Pressroom — Box Office Mojo — World of Reel