Demon Slayer estoura US$ 555 milhões nas bilheterias.

Demon Slayer passa de US$ 555 milhões e transforma a bilheteria em campo de batalha
Em pouco mais de uma semana de estreia global ampla, Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – O Filme: Castelo Infinito já ultrapassou US$ 555 milhões mundialmente. É um marco que consolida o longa como fenômeno global e, de quebra, aquece ainda mais a disputa por recordes históricos do cinema de animação japonesa.
No Brasil, o filme chegou em 11 de setembro e abriu em primeiro lugar, somando R$ 26,3 milhões e 1,16 milhão de ingressos no primeiro fim de semana medido, mesmo com classificação etária elevada. O desempenho colocou o título no topo do ranking nacional e mostrou que a base de fãs não é episódica, mas recorrente e crescente.
Parte da força do lançamento também veio do desenho internacional da distribuição. Após a arrancada no Japão, a expansão para outros territórios manteve o filme em alta, e a estreia nos Estados Unidos rendeu cerca de US$ 70 milhões no fim de semana de abertura, novo patamar para um anime em terras norte-americanas. Essa combinação de fôlego doméstico no Japão e impacto global explica por que o total mundial saltou tão rápido.

Os números, por si, contam uma história de apetite do público. A reportagem do Omelete cravou a virada acima de US$ 555 milhões, com mais de US$ 269 milhões vindos do mercado japonês. É a confirmação do que os sinais já indicavam desde julho, quando os recordes de abertura no Japão apontaram que a trilogia final de Demon Slayer teria pernas longas.
No Brasil, a trajetória tem seu próprio sabor. A estreia foi cercada de curiosidade pela classificação indicativa mais rígida, mas nem isso esfriou a ida aos cinemas. O balanço do período de 11 a 14 de setembro mostra sala cheia e um público disposto a acompanhar a saga no telão. Em paralelo, veículos especializados registraram o embalo do anime no país e a disputa direta com terror, um gênero sempre forte por aqui.
No exterior, o boca a boca seguiu potente. A Crunchyroll, que distribui o longa no Ocidente, já vinha sinalizando uma janela exclusivamente cinematográfica ao longo de 2025, o que naturalmente prolonga o interesse nas salas e joga a expectativa de streaming para o início de 2026. Na prática, quem quiser ver agora precisa ir ao cinema, e isso segue sustentando as receitas semana a semana.
Executivos do setor também reconhecem que a curva ainda não terminou. Em entrevista recente, a liderança da Crunchyroll falou em potencial de crescimento adicional e planos para os próximos filmes da trilogia, em um raro aceno público de confiança no fôlego da marca após essa arrancada.

Para além dos números, há um ponto de contato emocional que ajuda a explicar o fenômeno. Demon Slayer cresceu como série que combina imagem e som de maneira quase sinestésica, com batalhas coreografadas como dança e picos de dramaticidade que fazem o público vibrar junto. O cinema amplia esse efeito. O tiro de largada foi dado no Japão com recordes de abertura, e a chegada ao Ocidente só confirmou que a franquia atravessou definitivamente a fronteira do nicho.
No curto prazo, a pergunta é até onde o filme pode ir. A abertura recordista nos EUA e a manutenção do topo no Japão indicam que a marca de US$ 555 milhões não é um teto, mas um novo piso de comparação. Há disputa pesada no calendário, com estreias grandes chegando, porém o histórico recente mostra que Demon Slayer costuma ter cauda longa. Se o ritmo se mantiver, veremos novas atualizações de recorde em breve.
Para quem acompanha do Brasil, o recado é simples. A experiência ideal segue sendo na sala de cinema, com tela grande, som cheio e público engajado. E para os curiosos de números, vale ficar de olho nos relatórios semanais de bilheteria, porque a história ainda está sendo escrita e o placar segue mudando a cada rodada.
Fontes principais
Crunchyroll — Hollywood Reporter — GamesRadar+ — Omelete — Deadline